Blog do Alex Ramos
Pelo segundo ano consecutivo, os alunos da Escola de Ensino Médio de Peri de Baixo estão sendo prejudicados por uma reforma que não avança, tornando impossível a realização de aulas presenciais e comprometendo de forma grave a aprendizagem dos estudantes.
Sem uma solução concreta, a única alternativa imposta pelo Governo do Estado são as aulas remotas, uma decisão que tem gerado revolta entre pais e alunos. É inaceitável que jovens que ingressam no ensino médio se deparem com essa realidade cruel, onde são forçados a estudar pelo celular, prejudicando, sobretudo, o aprendizado em disciplinas fundamentais como matemática, física e química.
A situação se agrava ainda mais com a tentativa frustrada de alugar casas para sediar as aulas presenciais – uma busca que tem sido inútil e expõe a total negligência do governo do estado. Diante desse cenário de descaso, a revolta cresce e pais de alunos já organizam uma grande manifestação para denunciar o descaso.
O tema foi amplamente debatido na Sessão da Câmara de Bacabeira, onde vereadores subiram à tribuna para cobrar providências e anunciar medidas em busca de uma solução.
O presidente da Comissão de Educação, Vereador Capitão Lucas por exemplo, declarou que irá convidar o Gestor Regional de Educação, professor Aécio Flávio Costa, da URE de Rosário, para dar explicações à população.
O presidente da Câmara, vereador Ruck Pires, lembrou que o prédio onde funciona o IEMA de Bacabeira pertence ao município e foi cedido ao governo estadual por meio de um termo de autorização aprovado pela própria Câmara. Segundo ele, se a situação não for regularizada, a revogação desse termo será considerada.
Já o 1º secretário da Câmara, vereador Jefferson Calvet, fez um duro questionamento ao governo estadual, destacando os milhões de reais gastos com o Carnaval de 2025, enquanto os investimentos no ensino médio seguem em segundo plano.
Outros vereadores também engrossaram o coro contra o atraso das obras, cobrando urgência na conclusão da reforma para que os alunos voltem a ter o direito básico de estudar em sala de aula.
A demora na conclusão da obra já ultrapassou o limite da paciência da comunidade escolar. Agora, resta saber se o governo terá alguma resposta concreta ou seguirá ignorando o futuro de centenas de estudantes do ensino médio de Peri de Baixo.