A adolescente de 12 anos, acusada de matar a própria mãe com a ajuda do namorado de 16, teria confessado o crime, de acordo com as autoridades.
O caso aconteceu no fim de tarde da última quinta-feira, 28, na cidade de Pinheiro Machado, na região de Campanha, no sul do Rio Grande do Sul. Na ocasião, a menina assassinou a mãe a marteladas porque a mesma era contra seu namoro com o adolescente quatro anos mais velho que ela.
De acordo com informações da Polícia Civil, o corpo da mulher de 37 anos foi encontrado enterrado em uma cova improvisada no fundo do pátio da casa em que a empregada doméstica morava o marido, um trabalhador rural, e as duas filhas: uma delas a de 12 anos, suspeita de cometer o crime e a outra uma criança, de 6.
A Polícia teria chegado ao local após o namorado da jovem confessar o crime a um parente, que, por sua vez, chamou a Brigada Militar. Em seguida, o Conselho Tutelar da cidade foi acionado, por se tratar de dois menores de idade.
Segundo o delegado da Delegacia de Polícia de Bagé, Luís Eduardo Sandim Benites, a família da menina já havia denunciado o jovem por estupro de vulnerável, uma vez que, embora a relação entre ele e ela tenha consentimento da adolescente, a lei considera crime qualquer tipo de relação sexual com uma pessoa menor de 14 anos.
Ainda de acordo com Luís Eduardo, “o jovem contou que a mãe dela era contra o namoro e tentou agredi-lo com um facão. Ele disse que se defendeu e que a namorada apareceu com um martelo e que eles golpearam a cabeça da mãe no calor da emoção”.
Para o delegado, no entanto, o crime teria sido premeditado, de acordo com o resultado de uma perícia inicial realizada no local onde tudo aconteceu, que apontou indícios de uma premeditação antes do assassinato da empregada doméstica.
Após a prisão dos dois, o Ministério Público determinou a internação de ambos para unidades da Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (FASE), de acordo com seu gênero.
Eles responderão por homicídio e ocultação de cadáver. A polícia continuará investigando o caso. Por enquanto, apenas a filha mais nova, de 6 anos, é a única testemunha presente no local quando o crime foi cometido. No entanto, por causa da pouca idade, a mesma precisará de ajuda psicológica.
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