Blog do Alex Ramos
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Foto: Reprodução Facebook |
Hoje,
o Jornal O Globo traz a foto da fachada da casa da família Queiroz, cujos
membros, até 15 de outubro, trabalhavam nos gabinetes da família Bolsonaro.
Típica casa classe C, que não corresponde à movimentação de recursos do
patriarca.
Hoje,
a Folha traz uma reportagem que mostra o modus operandi dos depósitos e saques
do tal Queiroz. Tudo simples. Conforme alguém depositava um valor x na sua
conta, ele sacava praticamente o mesmo valor. Que certamente era entregue em
espécie para outrem.
Desde o primeiro dia em que a denúncia
surgiu que o blogueiro e outros jornalistas já apontavam para o fato de que
Queiroz era apenas um laranja da família. Que o dinheiro não era dele. O que
está ficando cada dia mais claro.
Essa
história de garfar ou dividir o salário de funcionários dos gabinetes não é
nova. Ao contrário, é prática comum entre, principalmente, os parlamentares de
baixo clero.
Os
mais honestos, pegam uma parte do dinheiro para contratar mais funcionários e
honrar compromissos do próprio gabinete que não podem ser pagos com a verba a
ele destinado. Os safados, botam a grana no bolso. E enriquecem. Que é o que os
dados divulgados de IR da família Bolsonaro parecem indicar.
Não
é nada difícil comprovar a operação. Ao contrário, é barbada. Se o sigilo do tal
Queiroz for quebrado vai se descobrir quem depositava o dinheiro para ele.
Aliás, talvez uma boa conversa com todos os assessores dos gabinetes da família
já resolva isso. Alguns certamente abrirão o bico.
Seu
destino pode ser o de Collor, a quem ele homenageou ontem, e de Jânio. Ter uma
passagem rápida e vergonhosa pela presidência.
É
o destino que a história costuma reservar aos moralistas sem moral. Que o diga
Aécio, que nem na presidência chegou, mas que viveu hoje mais um episódio desta
sina que persegue os canalhas políticos que fazem qualquer coisa para chegar ao
poder.
Bolsonaro
se meteu de cabeça no caso ao dizer que o dinheiro depositado para a sua mulher
foi um empréstimo. E não tem mais moral alguma para falar de corrupção.
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