Blog do Alex Ramos
Ernildo Sousa Silva confessou ter matado uma bebê de 1 ano por ciúmes do ex-namorado de sua companheira no Maranhão — Foto: Divulgação/Polícia Civil |
A Polícia Civil prendeu na noite
desta terça-feira (9) Ernildo Sousa Silva, de 18 anos, na cidade de Turilândia,
no noroeste do Maranhão. Ele confessou ter matado a bebê Kethelyn Rodrigues, de
1 ano e 10 meses de idade, porque não gosta do pai dela e sentia ciúmes da sua
companheira, que é mãe da criança.
A
polícia soube do caso quando Ernildo e sua atual companheira, de 16 anos,
compareceram ao Hospital de Turilândia com o corpo da bebê. Segundo o casal, a
criança teria caído de uma rede e batido a cabeça no chão. Entretanto, o médico
plantonista constatou que o corpo da criança apresentava marcas no pescoço
compatíveis com sinais de esganadura.
O
Conselho Tutelar e a Polícia Militar foram acionados e o casal foi conduzido
para a Delegacia de Santa Helena para prestar esclarecimentos. Inicialmente, o
casal negou, veementemente, qualquer ação que tivesse matado a criança. Porém,
o exame necroscópico comprovou que a criança foi esganada e morreu por asfixia.
Diante
das evidências, Ernildo confessou o crime durante interrogatório na Delegacia
Regional de Pinheiro. Segundo ele, a decisão de matar a criança apertando o
pescoço dela com as mãos aconteceu enquanto ela dormia na rede. Ernildo disse
que fez isso porque não gosta do pai dela e tem ciúmes da sua companheira.
Em depoimento, a mãe disse uma
amiga havia falado que a criança parecia muito com o pai. Ouvindo isso, Ernildo
não gostou e disse que a mãe da criança não deveria ficar falando do seu
ex-namorado. Houve discussão e a adolescente saiu para a casa da mãe. Ao
retornar, estranhou a criança dormir muito e acabou encontrando o bebê ainda
com vida.
O casal levou a criança para o
Hospital de Turilândia, mas ela já chegou sem vida. Diante do crime, Ernildo foi
autuado em flagrante por feminicídio qualificado por motivo fútil. Ele foi
encaminhado para o Presídio Regional de Pinheiro, onde permanecerá à disposição
da Justiça. Se condenado, pode ficar preso por até 30 anos.
Já
a mãe da criança foi liberada após prestar depoimento. De acordo com a polícia,
as investigações não apontaram a participação dela no crime. Entretanto, as
investigações continuam, no sentido de esclarecer completamente os fatos.
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