Blog do Alex Ramos
Astro de Ogum nega crimes sexuais e renuncia a cargo na Comissão de Ética |
O vereador Astro de Ogum (PL), 1º vice-presidente da Câmara de São
Luís, voltou a se manifestar, ontem, em discurso na Casa, sobre a recente
operação da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), em sua
residência no Olho d’Água, que culminou com a prisão de dois de seus
assessores. Em seu pronunciamento, o parlamentar negou envolvimento no âmbito
da Operação Constelação, disse que não queria parecer uma vítima diante dos
pares e destacou que estava “angustiado” ao ver seu nome vinculado a denúncia
de pedofilia.
“Não estou
aqui para ser vítima e nem quero que ninguém me olhe dessa forma. Resta a mim
lutar para provar minha inocência, naquilo que estou sendo acusado. Pesou-me
muito quando determinado delegado chamou o nome pedófilo. Foi pesado, foi
angustiante. Foi o que mais pesou”, declarou.
O
vice-chefe do legislativo destacou ainda que, ao ser preso – ele pagou fiança e
acabou liberado no mesmo dia –, lembrou das denúncias do delegado Ney Anderson
Gaspar contra o Sistema de Segurança estadual. “Naquela época [das revelações
do delegado], nem quis acreditar”, disse. Gaspar foi quem denunciou que Astro
estaria sendo investigado a partir de um grampo ilegal.
NÃO EXISTE PEDOFILIA
O vereador fez ainda uma cronologia dos fatos e afirmou que inicialmente o que
era investigado como crime de pedofilia, passou a ser apurado como crime
tecnológico, em virtude do uso de perfil falso em rede social para atrair
supostas vítimas.
O
parlamentar, no entanto, negou que tenha qualquer participação nesse caso. “Um
personagem criado, que eu nunca participei, não sei quem é”, disse Ogum,
acrescentando que tem pouca intimidade com “mundo tecnológico” e que usa
computador apenas para jogar poker.
“No mundo
tecnológico eu tenho as minhas limitações, não me adequei ainda ao sistema do
novo mundo tecnológico. Tenho um site no meu notebook que eu jogo pokerstars.
Jogo assim que tenho um tempo. Então, na tecnologia, não tenho nada a ver com
essa história”, reiterou.
RENUNCIANDO AO CARGO
Num momento de maior exaltação, voltou a negar envolvimento em “falcatruas”, se
disse perseguido e renunciou ao cargo que ocupava na Comissão de Ética da
Câmara. “Eu não tenho falcatruas, eu não cometo falcatruas. Sou perseguido.
Hoje venho prestar contas e aproveito o momento para renunciar à Comissão de
Ética que faço parte nessa Cassa. Que seja cumprido o meu pedido”, destacou.
Segundo
ele, a decisão foi tomada para que o colegiado possa acompanhar com isenção as
investigações da Operação Constelação. Astro, no entanto, insinuou que até
agora, a Comissão não funcionou como deveria.
“Se a
Comissão de Ética deve acompanhar o inquérito contra mim, que sejam tomadas as
providências necessárias. De mim não haverá um pedido à Comissão de Ética para
encobrir qualquer coisa da minha pessoa. Eu espero que ela funcione bem nesse
caso, e que passe a funcionar também bem para muitas coisas que já estão por aí
e que devem chegar muito mais. Não faço mais parte da Comissão de Ética dentro
da Câmara Municipal de São Luís”, finalizou.
Do Central de Notícias Com informações da Assessoria do vereador
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