Corpo do cacique Firmino Silvino Guajajara é sepultado no Maranhão — Foto: Divulgação/Magno Guajajara |
O corpo do
cacique Firmino Silvino Guajajara, morto
a tiros em um atentado a indígenas no Maranhão, foi sepultado no
fim da manhã desta segunda-feira (9) na Terra Indígena Cana Brava, no município
de Jenipapo dos Vieiras, localizado a 506 km de São Luís. A previsão é que o
corpo do cacique Raimundo Bernice Guajajara, que também morreu no atentado, seja
sepultado ainda nesta segunda.
Sob forte
emoção, o sepultamento foi realizado com a presença de familiares e amigos do
cacique da aldeia Severino. A previsão é que o corpo do cacique Raimundo
Bernice Guajajara, que também morreu no atentado, seja enterrado ainda nesta
segunda.
Os dois indígenas
que ficaram feridos no atentado ainda continuam internados. Um dos índios foi
submetido a uma cirurgia no Hospital Macrorregional de Presidente Dutra e
encontra-se estável, mas seu estado de saúde é considerado grave, segundo o
último boletim emitido pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). O segundo
índio que ficou ferido deve ter alta ainda nesta segunda.
Um inquérito foi aberto pela
Polícia Federal (PF) para investigar o caso. O ministro da
Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, informou que avalia
a ida da Força Nacional para a região. A Polícia Civil do
Maranhão encaminhou
um relatório à PF e também acompanha as investigações do
caso.
Raimundo Guajajara morreu durante o ataque a índios em Jenipapo dos Vieiras no Maranhão — Foto: Divulgação/Apib |
Um
representante do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos deve
realizar ainda nesta segunda (9) uma visita a Terra Indígena Cana Brava. De
acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai), o
crime pode ter relação com os contantes assaltos registrados no trecho da
BR-226.
Em um vídeo
que circulou nas redes sociais após o ataque (veja abaixo), o indígena Nelsi Guajajara, que
ficou ferido durante o ataque, contou que foi surpreendido por um veículo de
cor branca que disparou diversas vezes contra a motocicleta onde ele e Firmino
Guajajara estavam.
Protestos
Por quase dois dias, três pontos da BR-226, na altura das aldeias
indígenas Boa Vista e El Betel, localizado entre os municípios de Barra do
Corda e Grajaú, ficaram bloqueados pelos indígenas que protestavam
pelo atentado. O trecho foi totalmente liberado no final da tarde
desse domingo (8).
Um congestionamento de veículos de mais de 1,5 quilômetro foi registrado
na área. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal do Maranhão (PRF-MA), os
índios chegaram a atacar com pedras um ônibus que trafegava pela região. As
janelas do veículo foram quebradas e a ação causou pânico e medo nos
passageiros.
Do G1
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