Diego de Farias Pinto, o Bunitinho sextou, morreu no Morro do Dendê em operação do Bope Foto: Arquivo Pessoal |
A Polícia Civil fará novamente nesta sexta-feira uma perícia
no carro onde estava o humorista Diego de Farias Pinto, o Bunitinho, e outras duas das
quatro pessoas que foram mortas na madrugada de quinta-feira, no Morro do Dendê, na Ilha do
Governador, Zona Norte do Rio, durante uma operação do Batalhão de Operações
Policiais Especiais (Bope). De acordo com perícia preliminar, os tiros que
acertaram Bunitinho, Jorge Tadeu Sampaio, Jocelino de Oliveira Júnior e Sidney
Antunes Figueiredo, todos de 36 anos, partiram de quem estava perto do carro e
não de disparos feitos a longa distância. Ao todo, 19 tiros acertaram o automóvel.
Bunitinho
e os três rapazes ficaram no meio de um tiroteio quando saíam de uma festa. O
objetivo da nova perícia é encontrar fragmentos de projéteis para confronto
balístico.
Ainda na quinta, agentes do
Grupo Especial de Local de Crime (Gelc), com o auxilio da Coordenadoria de
Recursos Especiais (Core) e um blindado, estiveram no local onde as mortes
aconteceram e fizeram uma perícia na localidade. Os policiais civis buscaram
câmeras de segurança e testemunhas que viram o confronto entre a polícia e
supostos criminosos. A DH não descarta uma reprodução simulada.
Segundo fontes da Polícia Civil, que estão ligados a
investigação, nas próximas horas outros PMs do Bope poderão prestar
depoimentos. Nesta quinta, por mais de três horas quatro policiais militares da
tropa de elite da PM, que estavam na ação, prestaram depoimentos da Delegacia
de Homicídios da Barra da Tijuca. As armas dos agentes — quatro fuzis — foram
apreendidas, e passarão por perícias no Instituto de Criminalística Carlos
Éboli (ICCE). O objetivo é saber se foram dos fuzis que partiram os tiros que
mataram os homens.
De
acordo com investigadores, os depoimentos dos policiais militares não batem e
há contradições. Segundo a Polícia Civil, estes PMs poderão ser convocados a
prestarem esclarecimentos nos próximos dias.
À DH, os militares negaram
que tenham atirado no carro onde estava Bunitinho. Segundo o grupo, os tiros
partiram de bandidos que estavam no alto da comunidade e disparavam contra os
agentes que tentavam checar uma informação.
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