O
futuro da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) em Angola estará em xeque
nos próximos dias, devido a uma investigação do INAR (Instituto Nacional para
Assuntos Religiosos), uma entidade do país africano que recebeu denúncias de
punições abusivas e de corrupção realizadas pela instituição evangélica Edir
Macedo.
O INAR criou
uma comissão para apurar as denúncias, que envolvem desde discriminação e
punições humilhantes a pastores angolanos pertencentes à Universal – uma das
denúncias fala em vasectomias forçadas –, até o envio de dinheiro ao exterior
por vias ilegais. Caso seja condenada, uma das penas que a Universal poderia
receber é a obrigação de deixar o país.
Um dos
pastores que denunciou a Universal deu seu relato à agência francesa RFI, e
disse que “somos arquivos vivos. Sabemos que havia caravanas para o Templo do
Salomão, em São Paulo, com 200 ou 300 pastores. E cada pastor levava um
montante de dólar. Chegando lá, recolhe-se esse dinheiro todo e fazem o que têm
que fazer. Isto é, saída de valores ilicitamente. Acontece sempre que a
Universal quer tirar os dólares de um país, o mecanismo é esse”.
A testemunha
se identificou como Carvalho de Andrade, um possível nome fictício. Ele afirmou
ser um dos 12 pastores que estão sendo perseguidos pelos brasileiros que
administram a Universal em Angola.
Por sua parte,
a Igreja Universal afirma que as acusações são falsas, e que “a Universal não
discrimina nem nunca discriminou qualquer nacionalidade (…) negamos
veementemente as mesmas e em fórum próprio ficará desmascarados a real intenção
dos nossos detratores”.
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