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sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Empresário diz que tomou calote e por isso não entregou respiradores a Bacabeira, Miranda e Santa Rita

Blog do Alex Ramos

O empresário Josimiel da Silva, proprietário da J. J. da Silva e Santos Ltda., empresa alvo da Polícia Federal na Operação “Falsa Esperança”, deflagrada nesta semana contra corrupção na compra de material para combate à Covid-19 pelas prefeituras de Bacabeira, Miranda do Norte e Santa Rita, diz que tomou calote de um fornecedor e que, por isso não entregou os respiradores contratados por dispensa de licitação.
Em depoimento aos federais, o empresário relatou como se deu a contratação nos três municípios – houve ainda uma quarta contratação, em Vitorino Freire, que não foi alvo da apuração policial, aparentemente porque o recurso já foi ressarcido –, e disse que todos os trâmites, desde a dispensa de licitação, até a assinatura de contratos, foram encabeçados por Joanderson Coelho, cunhado da sua esposa e espécie de representante comercial da J. J. da Silva.
Afirmou o empresário que, no caso dos respiradores, recebeu R$ 325 mil por cinco unidades – duas para Miranda, uma para Bacabeira, uma para Vitorino Freire, e uma para Santa Rita – e que, por indicação de Joanderson Coelho, compraria os aparelhos por R$ 250 mil, de uma certa Super Mundo das Maquiagens.
Josimiel da Silva informou que transferiu o valor à empresa, mas que nunca recebeu os aparelhos. Ele acrescentou que, por conta disso, protocolou uma petição na PF e na Delegacia de Defraudações “com explicações sobre o que aconteceu”.
Disse, ainda, que chegou a recorrer a um agiota para conseguir R$ 130 mil e devolver ao Fundo Municipal de Saúde os valores referentes aos dois respiradores de Miranda, e que devolveu também R$ 65 mil à Prefeitura de Vitorino Freire.
Pelo depoimento, no caso de Miranda, os R$ 130 mil foram depositados diretamente em sua conta por um agiota indicado por um certo Ivan, “que trabalha para o deputado federal Júnior Lourenço”. O valor foi, então, repassado ao Município.
Josimiel negou que tenha sido procurado por funcionários públicos de qualquer das prefeituras investigadas para pagamento de propina em virtude do contrato.

Do Gilberto Leda

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Luzimar Rodrigues