Blog do Alex Ramos
No nordeste do Brasil, no Maranhão, pacientes estão sendo transferidos do interior para São Luís.
Os dois maiores hospitais privados de São Luís estão com 100% dos leitos de terapia intensiva para Covid ocupados – e pacientes na fila de espera.
Na rede pública, a situação também beira o caos. Em Imperatriz, a segunda maior cidade do estado, só havia dois leitos de UTI disponíveis na manhã desta segunda-feira (1°). E pacientes transferidos às pressas para São Luís.
Por causa do aumento das internações, a Defensoria Pública do Maranhão entrou com uma ação na Justiça para que estado e prefeituras adotem o lockdown.
“Só toque de recolher, só suspensão de festas, isso não tem mais efetividade, isso nós pedimos um mês atrás. Hoje, a única forma de se combater esse avanço descontrolado da Covid no Maranhão, na nossa visão, com base na ciência, é o lockdown”, alertou a defensora pública Clarisse Binda.
O governo do Maranhão diz que ainda não é hora de medidas extremas, porque está ampliando leitos, com mais testes e rigor na fiscalização das medidas sanitárias.
Com os hospitais operando no limite, o esforço agora é para salvar os pacientes mais graves. Em uma disputa para uma vaga de UTI.
O vai e vem de ambulâncias mostra a urgência em busca de vagas. Uma manobra entre hospitais para salvar vidas.
O Hospital Universitário cedeu dez leitos de UTI e 20 leitos de enfermaria para socorrer pacientes que deram entrada na rede municipal de saúde – todos em estado grave.
As transferências começaram na sexta-feira (26) - em menos de três dias, 85% das vagas já foram ocupadas.
No fim de semana, a Fiocruz confirmou a presença da variante brasileira no Maranhão. Uma mulher de 35 anos, sem histórico de viagens.
“A situação é de extrema gravidade. A população ainda não percebeu quão grave é a situação no estado”, disse o pesquisador da UFMA Antonio Augusto.
Do G1
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