Blog do Alex Ramos
Após ser beneficiado pela ‘saidinha’ de Páscoa, o detento
Rones Lopes da Silva, conhecido como ‘Rony Boy’, não retornou à Penitenciária
de Pedrinhas e agora consta como foragido da Justiça.
Além dele, outros 30 detentos não
voltaram aos estabelecimentos prisionais da Grande São Luís até às
18h da última terça-feira (6), que era o prazo máximo estipulado pela Justiça.
Ao todo, 628 detentos tinham sido beneficiados com a ‘saidinha’,
após decisão inicial do juiz auxiliar da 1ª Vara de Execuções Penais de São
Luís. Posteriormente, outros presos também entraram na lista de beneficiados.
No entanto, efetivamente, 620 presos saíram, enquanto 43 foram impedidos por
terem contra si outras ordens de prisões.
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Especial G1 MA: Veja a diferença entre indulto e saída temporária
no Maranhão
Rony Boy estava preso no Complexo
Penitenciário de Pedrinhas e responde por participação em organizações
criminosas, além de crimes previstos nos artigos 250 e 262 do Código Penal
Brasileiro, que são:
·
Artigo 250 – Causar incêndio, expondo
a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem.
·
Artigo 262 – Expor a perigo outro
meio de transporte público, impedir-lhe ou dificultar-lhe o funcionamento.
Antes, Rony Boy foi acusado pelo Ministério Público de ser o mandante do
assassinato e canibalismo do detento Edson Carlos Mesquita da Silva,
em dezembro de 2013, em uma das celas do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, conforme apontado na certidão de óbito e nos laudos de exame
cadavérico. Os restos mortais da vítima só foram identificados devido a
uma tatuagem que tinha nas costas.
Uma das testemunhas declarou em juízo
que, no pavilhão em Pedrinhas, onde vítima e acusados estavam presos, nada
acontecia sem a permissão de uma pessoa conhecida como ‘Sapato’, que seria o
líder e recebia ordens de Rony Boy.
Julgamento
aconteceu no 4º Tribunal do Júri e a imprensa não pôde fazer imagens dos réus —
Foto: Reprodução/TV Mirante
Em Júri Popular
realizado em 2019, mesmo diante das provas, Rony negou participação no crime. Os jurados reconheceram a existência de elementos físicos
que comprovavam o crime, mas ainda assim decidiram absolver Rony e outros
acusados.
Fonte: G1
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