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quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Maranhão registra 53 casos de feminicídio

 Blog do Alex Ramos

A Polícia Civil do Maranhão (PCMA), por intermédio do Departamento de Feminicídio, registrou de janeiro a outubro deste ano, 53 casos de feminicídio em todo o estado.

Segundo a polícia, a maioria das vítimas não buscam denunciar os casos de violência no estágio inicial das agressões cometido pelos agressores, o que abre margem para o assassinato das mulheres.

‘’Mais uma vez a gente faz esse alerta, para que aquela mulher que esteja vivendo uma relação abusiva, ou violenta que procure imediatamente uma delegacia mais próxima de sua casa. A medida protetiva de urgência salva vidas. A maioria dos casos a mulher que procura ajuda, registra o boletim de ocorrência e esse crime de violência doméstica passa a ser investigado a gente passa sim a evitar ocorrências de feminicídios’’, destaca a delegada do Departamento de Feminicídio’’, Wanda Moura.


Somente na região Metropolitana (São José de Ribamar, Paço do Lumiar, Raposa e São Luís), foram 10 mortes de mulheres. O último feminicídio ocorreu na noite de segunda-feira (24), onde Sara Heloise Aleixo, de 16 anos, foi assassinada com um tiro na cabeça dentro de casa, na Cidade Operária. O principal suspeito do crime é o namorado, que está foragido.


Segundo levantamentos da polícia, a adolescente namorava com o suspeito há cinco meses, mas recentemente tentou terminar o relacionamento, que a família da vítima informou ser abusivo.


Familiares informaram que o suspeito, identificado como Carlos Eduardo Morais, vulgo Carlinhos teria agredido Sara por algumas vezes. Para a família, ela tentava disfarçar as agressões sofridas, em que o corpo ficava com hematomas.

Ainda de acordo com as investigações, a poucos dias do crime, o suspeito quebrou o celular da vítima durante uma discussão dentro de casa, onde estavam morando há dois meses.

‘’A mãe falou que a vítima já estava tentando romper com este relacionamento por que ela [Sara] já estava cansada dessas violências sofridas, algumas vezes aparecia em casa com hematomas pelo corpo, mas não chegava a dizer para a família do que se tratava, mas todo mundo já imaginava que de fato ela estivesse sofrendo essas violências’’, explicou a delegada Wanda Moura.

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Luzimar Rodrigues