Blog do Alex Ramos
Os últimos dias tem sido de extrema efervescência na política do Maranhão. Supostos prints “vazados” de uma conversa entre Felipe Camarão (PT) e um blogueiro, apresentando comentários misóginos em relação a deputada estadual Mical Damasceno (PSD), fizeram com que o desenho político para 2026, fique mais claro pelo lado dos Palácio dos Leões.
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Felipe Camarão é personagem decisivo nos rumos político do Grupo Brandão e só não é considerado uma “carta fora do baralho”, pois ele conta com a amizade do ministro do STF, Flávio Dino |
Com Felipe Camarão fragilizado e tratado como alguém praticamente fora da disputa pelo Governo do Maranhão, o Palácio dos Leões trabalha com a hipótese de efetivar Orleans Brandão (MDB), como pré-candidato a governador de forma oficial e a partir dessa decisão, definir as composições para Senado e vice-governador.
O cenário principal no momento é trabalhado com a hipótese de Felipe Camarão não deixar o cargo de vice-governador em troca de uma disputa para deputado federal ou uma vaga no TCE (duas estão em aberto e uma terceira abrirá em 2026).
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Weverton e Fufuca são os dois preferidos do Governo para a disputa do Senado |
Felipe não renunciando em abril, Carlos Brandão (PSB), seguirá na cadeira de governador e apoiará Orleans Brandão. Neste cenário, as vagas de Senado ficariam para Weverton Rocha (PDT), provável indicação do presidente Lula e ele sendo o responsável por articular a permanência do PT no Governo, independente da decisão de Felipe Camarão. A segunda vaga seria de André Fufuca, hoje no PP-União, mas que já é aconselhado a filiar-se em um partido da base lulista, preferencialmente seria o próprio PT.
Com a saída de Fufuca da Federação PP-União, Brandão não deixaria de fora da chapa majoritária um dos maiores partidos do país, portanto a vaga de vice seria oferecido ao partido, que deve indicar Pedro Lucas Fernandes.
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Pedro Lucas Fernandes é o nome a ser indicado pelo PP-União para vaga de vice-governador |
Em um cenário em que Felipe Camarão aceitasse uma vaga de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado do Maranhão ou até mesmo disputar o cargo de deputado federal, Carlos Brandão renunciaria ao cargo de governador, garantindo Iracema Vale (PSB), como responsável pela transição.
Neste cenário, Orleans Brandão segue sendo o candidato com Carlos Brandão ao Senado Federal e Weverton Rocha como segundo nome. A vaga de vice ficaria em aberto para o PP-União discutir, inclusive havendo a possibilidade de ser ocupada por André Fufuca, preferencialmente filiado pelo PT e isto não traria tanta discussão interna no PP-União, pois lá, existe um entendimento que uma vaga na majoritária deve ser do partido pelo seu tamanho e para diminuir a concorrência na disputa de deputado federal que ainda teria Pedro Lucas, Juscelino Filho, Amanda Gentil e provavelmente Duarte Júnior.
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Eliziane Gama “aparentemente” está fora dos planos do Palácio dos Leões para a chapa majoritária |
Em ambos os cenários, fica evidente que dois nomes são praticamente certos para o Palácio dos Leões, Orleans para Governo e Weverton para o Senado. E logo percebe-se que o nome de Eliziane Gama (PSD), é praticamente ignorado, deixando evidente que o destino da senadora pode ser outro em 2026.
O certo é que todas essas articulações são movimentos em um conjunto desejado de forças para formação de uma engenharia política em torno de um grupo político, mas é sempre bom lembrar que “falta combinar com o povo”, pois este é soberano e tudo que está sendo “maquinado hoje”, pode ocorrer completamente ao contrário, a história está aí para provar as mudanças que ocorreram, mesmo diante dos anseios políticos.
Fonte: DIEGO EMIR
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