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quinta-feira, 3 de maio de 2018

COMO LIDAR COM UM CORAÇÃO DIVIDIDO ENTRE O ATUAL E O EX, COMO PERSÉFONE EM ‘AMOR À VIDA’

Blog do Alex Ramos
Carol Grosskopf acabou se mudando para o Rio após a confusão entre o ex e o então atual Foto: Marcelo Theobald / Extra
O meu coração é um músculo involuntário e ele pulsa por... Vocês? O trecho da música “Eu sei”, de Marisa Monte, adaptado aqui para o plural, poderia muito bem ser um ato falho cometido por Perséfone num caraoquê com os coleguinhas do Hospital San Magno. A personagem de Fabiana Karla em “Amor à vida” está dividida. Quando recomeçava sua vida amorosa com Vanderlei (Marcelo Argenta), após o fim do casamento com Daniel (Rodrigo Andrade), o ex resolveu retomar o romance. E quem nunca passou por isso?
Como um macho alfa na natureza, o ex parece mesmo ter radar e detecta a presença de outro no seu território, ou melhor, ex-território.
— Para o homem, querer voltar quando a ex encontra outro pode ser uma questão de domínio: “não vou perder ela para ninguém” — explica o psicólogo Antônio Carlos Araújo, especialista em terapia de casal, que complementa: — A mulher é mais sensível e pode ficar balançada, movida por um sentimento de culpa ao ver o outro sofrer. Mas o mais importante na hora de decidir é saber o que é melhor para ela, de quem ela realmente gosta.
É claro que relacionamento, como futebol, não é um ciência exata. Mas foi o lado esquerdo do cérebro, responsável pela razão, que imperou na decisão da mestranda Luciana Feitoza, de 26 anos, de Niterói:
— Estávamos namorando, mas ele me deixou para voltar para a ex. Sofri muito, pois mantivemos a amizade e eu gostava dele. Não tinha olhos para outros. Quando eu consegui parar de ter contato e me envolvi com outro, ele voltou a me procurar. Fiquei balançada, ele foi o grande amor da minha vida, mas tive receio de que a história se repetisse e que eu sofresse novamente. Então não cedi.
Se você vive algo parecido e sabe que coração só tem um, aproveite que tem dois pulmões, respire fundo e veja as dicas e as histórias das próximas páginas. Siga em frente e boa escolha!
Apego, culpa, domínio e influência são sensações a serem analisadas quando o coração está divido, segundo a o psicólogo Antônio Carlos Araújo. “É impressionante o número de pessoas que hoje passam pelo o que chamo de captura de alma. É uma espécie de hipnose. A pessoa já decidiu que não quer mais a relação, mas mesmo assim ela continua a exercer um domínio muito forte no outro. Então ninguém consegue se desvincilhar desse relacionamento. A mulher deve ficar atenta e, se for o caso, fazer uma processo terapêutico para se livrar da culpa. Ela pode acabar insistindo e lutando apenas por isso, pensando: ‘eu fiz alguma coisa errada’. Não tem nada de errado em tomar a decisão de partir para uma nova vida. O relacionamento e o casamento são absolutamente solúveis. Se não soubermos tratar da relação, já era! Se não tiver comunicação, já era! Hoje em dia o casal não tem diálogo, e a coisa fica no dia a a dia, em ‘Como foi o seu trabalho?’. Esse é um dos principais motivos de as relações atuais serem tão efêmeras.”
Luciana Feitoza
Luciana Feitoza Foto: Fábio Guimaraes /Extra
Luciana Feitoza, estudante, de 27 anos, de Niterói
“Ele voltou para a ex enquanto estava comigo, mas continuamos a manter uma relação de amizade depois do término. Ele sabia que eu gostava dele e eu me sentia presa. Ele é engenheiro da Marinha e, quando consegui me afastar dessa ligação forte, conheci um médico que, coincidentemente, também é da Marinha. Tirei uma foto com o quepe e coloquei nas redes sociais. Então o engenheiro voltou a me procurar. Perguntava: “Você me esqueceu?”, “Vamos fazer uma despedida?”. Ele foi o único homem que amei de verdade, então eu ficava balançada. Só que eu sabia que ele queria me ver, mas que estava namorando. Não achava isso legal. Então, a minha escolha foi racional. Meu coração queria vê-lo, ainda que fosse errado, mas continuei namorando. Era uma chance de me desprender dele com essa nova relação. E o engenheiro continuou atrás de mim. Só que o médico terminou comigo para ficar com outra. Eu gostava dele, mas não o amava da mesma forma. Decidi: tudo bem, vou ficar sozinha. Digo que o sentimento não acaba, transforma-se. Ele não foi honesto comigo, mas ele é especial para mim até hoje. Vou guardar as lembranças com carinho, mas, para mim, acabou. Não vale a pena.”

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Luzimar Rodrigues