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O cálculo foi feito pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) (Divulgação) |
A Confederação Nacional do Comércio (CNC) calcula que o
comércio varejista brasileiro deverá movimentar R$ 7,4 bilhões neste Dia da
Criança, com um avanço real de apenas 1,5% em relação à receita obtida na mesma
data em 2017. Se a previsão se confirmar, o crescimento será cerca de um ponto
porcentual menor que o de 2017. O resultado é importante pois as vendas do Dia
da Criança são uma prévia do Natal, que concentra a maior parte do faturamento
do varejo nacional.
"Mesmo com menor variação
de preços dos itens associados à data comemorativa em 17 anos, a aversão ao
endividamento por parte das famílias deve reduzir o ritmo de crescimento de
vendas", afirma o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, responsável pela
projeção.
Para fazer o estudo, ele
considerou a evolução dos preços de 11 produtos e serviços mais vendidos na
data, como brinquedos, roupas, doces, entretenimento, entre outros, e concluiu
que, em 12 meses até setembro, o valor dessa cesta aumentou 2,4%. Foi a menor
variação de preços da cesta desde 2001, que havia sido de 4,3%.
Na avaliação do economista, nem
inflação menor nem taxa de juros mais baixa serão capazes de puxar para cima as
vendas de forma vigorosa porque o desemprego em nível elevado é um inibidor das
compras financiadas. E as compras a prazo respondem pela maior fatia do
faturamento do varejo.
Outro fator que tirou o vigor
do crescimento da economia, especialmente do comércio neste ano, foi a greve
dos caminhoneiros. Até abril, as vendas do varejo ampliado, que inclui veículos
e materiais de construção, cresciam na faixa de 8% em relação ao mesmo período
do ano passado. E, de maio em diante, o ritmo caiu 50%.
Eleições
Segundo Bentes, a incerteza
eleitoral e o fato de a data comemorativa cair entre o primeiro e o segundo
turnos da eleição presidencial também devem afetar negativamente as vendas. Nas
projeções da CNC, as lojas de hiper e supermercados devem ter o melhor
desempenho de vendas na data, com alta projetada de 3,3%. O motivo é que essas
lojas conseguem ter preços mais competitivo.
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