Blog do Alex Ramos
Relatório apresenta que em 54% dos casos de letalidade, políticos e policiais são suspeitos pela autoria do crime |
Um relatório da organização não-governamental de direitos humanos
Artigo 19, divulgado na quinta-feira (8), revela que, apesar da dimensão
dos riscos que
os comunicadores correm no Brasil ao exercerem sua profissão, a maioria dos
casos de letalidade permanece sem reposta da Justiça. Com o intuito de dar
visibilidade a estes índices e alertar para a impunidade, a entidade reuniu 22
casos de assassinatos, entre 2012 e 2016, para elaborar recomendações à
imprensa e ao poder público.
Intitulado "Ciclo do
silêncio: impunidade em homicídios de comunicadores", o
relatório destaca que a região Nordeste apresenta, desde 2015, o maior número
de casos, principalmente no Maranhão. Nesse mesmo período, aumentaram os casos
de mortes de blogueiros e radialistas, alterando o perfil mais comum que
colocava os jornalistas tradicionais
como principais vítimas.
A maioria dos
comunicadores se dedicava à cobertura de política local ou à editoria policial,
de acordo com o assessor de projeto do Programa de Proteção e Segurança da
organização da Artigo 19, Thiago Fírbida. Em entrevista à repórter Ana Rosa
Carrara, da Rádio Brasil Atual, ele destaca que agentes públicos,
entre eles políticos e policiais, são os principais suspeitos pelas
mortes. "Esse é um dos motivos pelos quais a gente enxerga que esse índice
de impunidade também seja elevado. Muitas vezes essas figuras poderosas, que
cometeram esses crimes, acabam tendo condições de interferir no processo de
investigação", afirma.
FONTE: RÁDIO BRASIL ATUAL
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