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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Ossada de médica morta por motorista que fingiu ser ela vai passar por análise, diz polícia

BLOG DO ALEX  RAMOS 

A Polícia Civil do Distrito Federal informou nesta quinta-feira (31) que os restos mortais da ex-diretora do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) Gabriela Cunha – supostamente assassinada pelo motorista particular– devem ser liberados em até 30 dias.
De acordo com o chefe das investigações, o delegado Leandro Ritt, a ossada está sob análise dos peritos para identificar como a mulher de 44 anos foi morta.
Na delegacia, Rafael Henrique Dutra, de 32 anos, confessou o crime. De acordo com a polícia, ele chegou a mandar mensagens para a filha da vítima após o crime, que ocorreu em 24 de outubro do ano passado. Ele vai responder por latrocínio, ocultação de cadáver e furto mediante fraude.
Ao ser preso na segunda-feira (28), o motorista levou os policiais ao local onde estava a ossada de Gabriela. Ele contou que teve ajuda de um comparsa – até a publicação desta reportagem, a Polícia Civil ainda investigava a participação dessa pessoa no assassinato da médica.
Para não levantar suspeitas, depois do crime, Rafael ficou com o celular de Gabriela e passou a se comunicar com a família da médica. As mensagens diziam que ela "estava internada em uma clínica de repouso para tratar de problemas pessoais, e retornaria no Natal".
Além desses textos, a família da servidora contou que Rafael enviou mensagens à filha da médica, pelo WhatsApp, se passando por ela e dizendo que amava a menina.
O motorista enviou, ainda, mensagens do próprio celular para os familiares da vítima, como se estivesse em contato com ela. Em uma das conversas, em dezembro, ele disse ao ex-marido de Gabriela Cunha que tinha falado com a médica, e que ela pedia notícias da filha.
O motorista também enviou mensagens para servidores da Secretaria de Saúde do DF. Em 28 de dezembro, após um funcionário do HRT dizer que precisava falar "urgente" com a Gabriela, Rafael enviou as seguintes frases:

Nota de pesar

Em nota, a Secretaria de Saúde apontou que Superintendência da Região de Saúde Sudoeste abriu processo administrativo em dezembro de 2018 para apurar a ausência da servidora, que compareceu, pela última vez ao trabalho, em 24 de outubro. O pagamento foi bloqueado no mesmo mês em que o processo foi aberto.
A pasta também manifestou "profundo pesar pelo falecimento da servidora". De acordo com a secretaria, a médica era especialista em cirurgia-geral e dirigiu o Hospital Regional de Taguatinga entre 6 de março e 24 de outubro de 2018, quando desapareceu.
"A profissional, que era muito dedicada ao serviço, ingressou na Secretaria de Saúde do Distrito Federal em 10 de janeiro de 2006 e, na maior parte da carreira, atuou no Hospital Regional de Ceilândia", diz o texto.
Erros de português
Inicialmente, o desaparecimento de Gabriela não despertou desconfiança da família porque ela já tinha ficado internada, em anos anteriores, para tratar de depressão.
Em 27 de dezembro, no entanto, a família decidiu registrar um boletim de ocorrência informando o desaparecimento de Gabriela. Os parentes da vítima começaram a perceber erros de português nas mensagens enviadas e a desconfiar da situação, já que o retorno após o Natal não tinha acontecido.
G1 

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Luzimar Rodrigues