Blog do Alex Ramos
Embora a campanha
nacional contra o vírus da gripe esteja datada para ser concluída no próximo
dia 31, de maio, o Ministério da Saúde já está se preparando uma nova campanha
de vacinação dessa vez contra o sarampo, que deverá ser iniciada em todo o país
no dia 10 de junho. A informação foi confirmada pelo próprio ministério.
Neste ano, o ministério
já confirmou 83 casos de sarampo no país, sendo 43 deles no Pará, 27 em São
Paulo, quatro no Amazonas, três em Santa Catarina, três em Minas Gerais, dois
no Rio de Janeiro e um em Roraima. Deste total, 27 são autóctones e todos eles
de residentes no Pará. Os demais casos foram importados de outro país ou ainda
não foi possível identificar a fonte de infecção. De janeiro a maio do ano
passado, o ministério havia notificado 117 casos de sarampo no país, com dois
óbitos.
Dos casos importados, 19
deles ocorreram em um surto da doença dentro de um navio de cruzeiro em Santos,
no litoral paulista. O mesmo navio também provocou três casos de sarampo em
Santa Catarina e um caso no Rio de Janeiro.
O sarampo
O sarampo é uma doença
infecciosa, viral e contagiosa, transmitida pela fala, tosse e espirro. Os
sintomas da doença são febre alta [acima de 38,5º C], tosse, coriza,
conjuntivite e manchas avermelhadas na pele e brancas na mucosa bucal. A
vacinação é a única maneira de prevenir a doença. A vacina que protege contra a
doença é a tríplice viral, que também protege contra caxumba e rubéola.
As complicações mais
comuns do sarampo são infecções respiratórias, otites, doenças diarreicas e
doenças neurológicas. As complicações do sarampo podem deixar sequelas, tais
como a diminuição da capacidade mental, a cegueira, a surdez e o retardo do
crescimento. O agravamento da doença pode levar à morte de crianças e adultos.
Em 2016, o Brasil
recebeu da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), o certificado de
eliminação da circulação do vírus do sarampo. Em março deste ano, no entanto, o
Ministério da Saúde confirmou à Opas um caso de sarampo endêmico ocorrido no
Pará, no mês de fevereiro. Com isso, o Brasil perderá a certificação de país
livre da doença e precisará iniciar um plano para retomar o título dentro de 12
meses.
Segundo o ministério, o
governo federal estabeleceu a cobertura vacinal como meta prioritária da gestão
de saúde no país. Nessa agenda de prioridades, o ministério lançou, em abril, o
Movimento Vacina Brasil, buscando reverter o quadro de queda das coberturas
vacinais no país dos últimos anos.
Da EBC
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