Um novo relatório do
Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids
(Unaids), divulgado na última terça-feira (16), aponta que o número de casos da
doença aumentou 21% no Brasil desde 2010. Estamos na contramão do resto do
mundo: nos últimos oito ano, houve uma redução de 16% da taxa de pessoas
infectadas pelo vírus ao redor do globo.
Na
América Larina, o número de casos de aids cresceu 7% — sem o Brasil na conta, a
região teria tido queda de 5%. Entre os países latinos apresentaram redução de
diagnósticos estão El Salvador (-48%), Nicarágua (-29%) e Colômbia (-22%).
Olhando para
o problema em escala global, é a primeira vez que a maioria dos casos se
concentra nas "populações-chave" – 54% dos diagnósticos ocorrem entre
usuários de drogas, homens que fazem sexo com outros homens, transgêneros,
trabalhadores do sexo e prisioneiros. Entretanto, menos da metade dessas
pessoas tem acesso a serviços combinados de prevenção ao HIV — o que, para a
Unaids, é um indicativo de que elas estão sendo marginalizadas.
A
notícia boa é que o número de mortes por complicações resultantes da aids caiu
33% no mundo todo. Como aponta o relatório, em 2010, o número de mortes foi de
1,2 milhão, enquanto em 2018 ocorreram 770 mil falecimentos.
Para
Gunilla Carlsson, diretora executiva interina do Unaids, uma das saída para
resolver o problema é uma liderança política mais presente. “Isso começa com
investimento adequado e inteligente e com foco nos pontos que tornam alguns
países tão bem-sucedidos. Acabar com a aids é possível se nos concentrarmos nas
pessoas, não nas doenças, criando roteiros e guias para indivíduos e
localidades que estão sendo deixados para trás, e adotando uma abordagem
baseada em direitos humanos para alcançar aqueles mais afetados por HIV”, disse
em comunicado à imprensa.
Da Galilieu
Nenhum comentário:
Postar um comentário