Jaqueline Copque dá dicas para trair sem ser pego: troca frequente de senha, bloqueio de WhatsApp e contatinhos gravados como 'tios' Foto: Gabriel de Paiva/Agência O Globo |
Terror dos comprometidos, um celular desbloqueado esquecido pode
ser a gota d’água para o fim do relacionamento. Isso se, do outro lado da tela,
vier uma mensagem mais “quente” de autor ou autora desconhecida. Hoje, já não é
mais preciso seguir o namorado para flagrá-lo com “a outra”: o smartphone
denuncia as “raparigas digitais”, expressão que virou música na voz da cantora
Naiara Azevedo. Embora a canção se refira apenas a amantes do sexo feminino,
nas ruas do Rio, cariocas contaram ao EXTRA histórias de traição de homens e
mulheres descobertas pelo telefone móvel. Outros deram dicas de como pular a
cerca sem deixar “pegadas digitais”.
— Eu já
terminei um namoro de quatro anos porque flagrei meu companheiro com aplicativo
de encontros no celular. Quer sair com outras? Que vá! Mas eu nasci para ser
exclusiva. Não perdoei. Ele vacilou, eu mandei embora — conta a vendedora
Mariana Silva, de 26 anos, que absolve a “rapariga” de culpa pelo caso do
namorado.
Nas ruas da Saara, há quem assuma os riscos de trair e utilize artimanhas para
não ser pego em flagrante. Solteira, a vendedora Jaqueline Copque dá dicas
valiosas para quem tem o rabo preso:
— Estou sempre
trocando a senha do celular, tenho dois aplicativos diferentes de mensagens e
uso uma ferramenta que bloqueia meu WhatsApp. Além disso, salvo os contatinhos
como parentes: tio fulano, primo ciclano. É melhor se precaver — entrega.
Nos versos da
canção, Naiara conta a história de um homem que esquece o celular na presença
da mulher, que descobre a traição e põe fim à relação: “Nem perde o seu tempo
dando explicação/Eu e você já era/Quer conhecer uma pessoa/pega o celular
dela”. E reforça que, apesar de todas as ameaças, “essas piriguetes de internet
nunca vão superar uma mulher real”. Na internet, o clipe da música já passou de
88 milhões de isualizações.
— A obra não é
minha, é composição dos parceiros Maykow Melo, Elvis Ellan, Bruno Mandioca e
Henrique Castro. Ela não foi criada para uma situação ou uma pessoa específica.
Acho que hoje em dia todo mundo conhece uma rapariga digital, né? Com a
tecnologia, ela está por todos os lados: mandando aquele “oi, sumido” para o
seu marido, curtindo uma foto, dando aquela cutucada. É a mesma rapariga que
existe fisicamente, só que pelas redes sociais e aplicativos de mensagem.
Segundo a
rainha da sofrência, muitas fãs acabam desabafando com ela:
— No camarim
antes do show, quando atendo fãs, muitas mulheres relatam que já passaram por
situações parecidas com a da música, mas que superaram. Acho o máximo!
Até digital do pé é usada como proteção
Os
comerciantes Gabriel Chamma, de 28 anos, e Rosi Maria, de 38, trabalham com
acessórios para telefone. Ele diz que já registrou o dedo do pé no
reconhecimento da digital para que a ex-mulher não desbloqueasse o celular
enquanto ele dormia. Já Rosi aponta as películas de privacidade como o grande
sucesso de vendas.
— Os homens são os que mais procuram, estão sempre escondendo
alguma coisa. Essas películas escurecem a tela para vistas laterais — explica.
João Carlos
(nome fictício, pois ele não quis se identificar) descobriu traições no celular
da mulher e a expulsou de casa:
— Desconfiei
porque, de uma hora para outra, a minha mulher trocou a senha do celular. Um
dia, ela pegou no sono vendo Netflix, e eu aproveitei para pegar ela no flagra.
Fuxiquei o celular e encontrei o que não queria — conta o rapaz, que teve
vergonha de revelar o real motivo da separação para a família: — Inventei que
era desgaste da relação.
Para quem
descobre a traição, Naiara deixa um conselho:
— Coloca a sua
melhor roupa e chama os amigos ou as amigas para sair! Tem que valorizar quem
te valoriza! — destaca a cantora, de 29 anos.
Do Extra
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