Blog do Alex Ramos
Reprodução / STU OPEN |
Fadinha não
faz mágica. É o que Rayssa Leal, de 11
anos, quer mostrar nos vídeos que gravou mostrando a falta de
condições para treinar em sua cidade, Imperatriz, no Maranhão. A pista
deteriorada, cheia de buracos, onde ela treina, está fechada há cerca de um
mês. Mesmo assim, ela foi campeã brasileira pela primeira vez na principal
categoria no país no último domingo, em São Paulo. A skatista ficou com a prata
na última etapa do circuito nacional, segundo seu pai, Haroldo, já prejudicada
pela falta de lugar para treinar na segunda maior cidade maranhense. Conhecida
como Fadinha do skate, após um vídeo dela viralizar nas redes sociais, Rayssa
foi vice-campeã mundial neste ano, atrás apenas de outra brasileira, Pâmela
Rosa. As imagens que consagraram o apelido há quatro anos foram feitas pela
mãe, Lilian, quando ela andava de skate vestida de Sininho, personagem das
histórias de Peter Pan, nas ruas de Imperatriz. Mas, segundo o pai, o Município
não apoia a atleta como eles consideram que deveria. - A pista que ela treinava é pública. Dessas de cimento,
em uma praça da cidade. Mas foi se deteriorando, deteriorando e acabou
deteriorando tudo. Ela está sem treinar corretamente desde o Mundial (no fim de
setembro). Preferimos preservar a Rayssa do que deixar ela andar naquela pista.
Lá tem muito buraco. E olha que estou desde o começo do ano falando com a
Prefeitura. Mas eles só me pedem calma - afirmou Haroldo ao Globoesporte.com
De acordo com a Prefeitura de Imperatriz, a pista na
Praça Mané Garrincha será reaberta em novembro.
- A pista ficará fechada por mais 20 dias. Está
deteriorada porque é antiga e o material não era exatamente o mais apropriado.
Infelizmente não há outra alternativa, nem aqui e nem na região. A granítina,
que é o material específico para esse tipo de pista, está vindo de Gurupi,
Tocantins. Enquanto isso, a estrutura velha está sendo demolida. Repetindo,
segundo nos garante o secretário Zigomar Filho, da Infraestrutura, em mais 20
dias a pista estará pronta - respondeu a Prefeitura de Imperatriz por meio de
sua assessoria de comunicação.
A primeira alternativa da família Leal para a filha
prodígio manter os treinamentos onde eles moram foi firmar uma parceria com um
parque aquático da cidade, que cederia um terreno de 30 x 15 metros para
construção de uma pista de skate street coberta.
- Eles nos procuraram, foram solidários. Agora
estamos vendo com os patrocinadores de construir essa pista até o fim de
novembro para ela já treinar em dezembro. Acreditamos que vai ficar cerca de R$
100 mil, R$ 120 mil - explica o pai de Rayssa.
Enquanto isso, a skatista precisa terminar os
estudos e fazer as provas finais do sexto ano no colégio particular onde
estuda. A família, porém, já tem um plano caso a estrutura maranhense não
atenda ao que a filha precisa: mudar para São Paulo em 2020. A mudança de todos
para a capital paulista no em que ela pode garantir a vaga olímpica,
entretanto, ainda está sendo debatida por todos que cercam a vida pessoal e
também profissional desta criança que já é tratada como candidata a uma medalha
para o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
Globoesporte.com
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