“Tenho ouvido muito, "quando passar essa pandemia", "quando tudo voltar ao normal", "passando a quarentena"... sei não. Voltar ao normal vai ser a pior coisa, se acontecer. Pra quê, então, morreram tantos de covid? Os descaramentos vieram de monte, os mecanismos de controle social se mostram às claras, pra quem tem olhos de ver. Os poderes chamados públicos nunca foram públicos, uma farsa institucional foi montada, desenvolvida e é permanentemente atualizada. O interesse de um punhado de podres de ricos se insinua pra dentro das instituições e as dominam, controlam, influenciam e corrompem. A propriedade, a grana, o lucro valem mais, bem mais que a vida humana.
Nunca vi tão descarada a estrutura da sociedade, perversa, empresarista, desumana, mentirosa, covarde, controlada dos subterrâneos, dos bastidores do teatro macabro dos marionetes legislativos, executivos e judiciários. Interesses banqueiro-mega-empresariais prevalecem, são rapidamente atendidos em prejuízo das populações.
Não tem volta ao normal, esse normal injusto, anti-social e sem escrúpulos, sensibilidade ou respeito à vida. Isso não pode voltar, confio no "apocalipse", na morte desse mundo - pra poder nascer um outro. O "sacode planetário" tá só começando.
Passando a pandemia começa outra coisa - o derretimento das calotas polares, por exemplo, parece que a de cima já foi, a de baixo tem terra por baixo do gelo e já tá aparecendo em várias partes; o nível do mar continua subindo; vulcões explodindo; avistamentos de extraterrestres relatados como nunca no mundo inteiro. Depois vem outra e outra e outra, até que a estrutura institucional se desacredite, desmorone e a gente comece a construir outra sociedade, cooperativa e que tenha o centro de importância no ser humano, sua formação, informação, integração e desenvolvimento - individual e, por consequência, coletivo.” (Eduardo Marinho)
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