Blog do Alex Ramos
No dia 25 de novembro celebrou-se o Dia Internacional do Combate à Violência contra a Mulher, em função do assunto, a ONU (Organização das Nações Unidas) deu início os 16 Dias de Ativismo contra a Violência Baseada em Gênero (15 de novembro a 10 de dezembro).
A organização divulgou nesse período relatório “Covid-19 e violência contra a mulher: o que os dados nos dizem”, que destaca o impacto da pandemia na segurança das mulheres em casa e em espaços públicos.
O levantamento reúne dados de pesquisas feitas em 13 países de vários continentes (Quênia, Tailândia, Ucrânia, Camarões, Albânia, Bangladesh, Colômbia, Paraguai, Nigéria, Costa do Marfim, Marrocos, Jordânia e Quirguistão).
De acordo com o relatório, duas em cada três mulheres disseram que elas ou uma mulher que conhecem sofreram violência em algum momento da vida. Além disso, quase metade das mulheres relatou experiências diretas ou indiretas de violência desde o início da pandemia.
A forma mais comum de violência é o abuso verbal, apontado por 50% das entrevistadas, seguido de assédio sexual (40%), abuso físico (36%), negação de necessidades básicas (35%) e negação de meios de comunicação (30%).
Entre as entrevistadas, sete em cada dez acreditam que a violência de gênero é comum em suas comunidades. A proporção é a mesma entre as que creem que a pandemia piorou a situação.
O relatório ainda revela que a violência de gênero teve impacto significativo na saúde mental das vítimas durante a pandemia. Entre as entrevistadas, uma em cada quatro se sente mais insegura em casa desde que a crise sanitária começou.
Fatores socioeconômicos e idade
A ONU destaca que os fatores econômicos são um conhecido motor da violência, tendência que se manteve durante a pandemia. Entre as mulheres cujo parceiro não tem ganhos, quatro em cada cinco dizem que elas ou uma mulher que conhecem sofreram pelo menos uma forma de agressão.
Os resultados da pesquisa também mostram que a idade não oferece proteção: mulheres com mais de 60 anos sofrem violência em índices semelhantes aos das mais jovens. Mais da metade relatou ter sofrido algum tipo de violência.
Entre as participantes do levantamento, 49% acham que, quando uma vítima precisa de ajuda, procura a família, 11% afirmaram que as mulheres procurariam a ajuda da polícia e 10% disseram que iriam a centros de apoio.
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