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terça-feira, 13 de setembro de 2022

PT se manifesta após prisão de homem com tatuagem de Lula pela morte da ex: 'Condenamos toda forma de violência'

 Blog do Alex Ramos

O PT divulgou em seu site, no início da noite desta terça-feira, uma nota assinada pela presidente do partido, Gleisi Hoffmann, que comenta a prisão de Ezequiel Lemos Ramos, de 39 anos, que confessou ter assassinado a ex-companheira, Michelle Nicolich, de 37, e um dos filhos do casal, Luiz Inácio Nicolich Lemos, de apenas 2 anos. O crime aconteceu nesta segunda-feira, no Parque São Rafael, na Zona Leste de São Paulo. Ezequiel traz no braço esquerdo uma tatuagem com o rosto de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato da legenda à Presidência da República, sobre a palavra "free" ("liberdade", em inglês".

"O incentivo à violência e a liberação, pelo governo federal, da compra, posse e porte de armas estão na raiz de crimes e tragédias como a que ocorreu ontem no Parque São Rafael, em São Paulo. O PT está solidário com os familiares das vítimas", diz o texto publicado no site petista. "Condenamos toda forma de violência, qualquer que seja a orientação política de quem a comete. Defendemos a apuração rigorosa do crime, para que a Justiça seja feita e tragédias assim não se repitam", prossegue a nota.

Ezequiel afirmou à polícia que possuía licença de Caçador, Atirador e Colecionador (CAC). 

Ele abriu fogo contra a ex-esposa e o próprio filho com uma carabina que teria sido adquirida legalmente, a partir da autorização emitida pelo Exército. Essas alegações e as circunstâncias do duplo homicídio estão sendo apuradas pela 49º Delegacia Policial de São Mateus.


Ao se manifestar sobre o episódio, o PT reafirmou que "a política de armamento no Brasil deve ser revista". Ao longo de seu governo, o presidente Jair Bolsonaro (PL), principal adversário de Lula na disputa eleitoral, formulou diversos decretos que flexibilizam o acesso a armas no país, tendo essa política como uma de suas principais bandeiras.


"Temos a Lei Maria da Penha e do Feminicídio com previsão de mecanismos de proteção às mulheres vítimas de violência, que precisam ser implementados", afirmou o PT no texto. "Os recursos de combate à violência contra a mulher, cortados por Bolsonaro, precisam ser recolocados no Orçamento da União", acrescenta a mensagem assinada por Gleisi Hoffmann.


Arma na cabeça quatro anos antes


O crime aconteceu em frente a uma creche, quando Michelle buscava os dois filhos. Uma segunda criança, de 5 anos, também filha do casal, sobreviveu ao ataque sem ferimentos. Imagens de câmeras de segurança de um estabelecimento próximo ao local mostram o carro da vítima, um Uno branco, batendo no poste após ser alvejado pelo ex-marido.

Em maio deste ano, Ezequiel chegou a ser preso em flagrante em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, depois de apontar uma arma para a cabeça de Michelle. Eles viviam juntos havia cinco anos na cidade sulmatogrossense. De acordo com Thatiana Colombo, delegada da Mulher de Ponta Porã, a Polícia Militar foi acionada na ocasião depois de receber uma denúncia anônima. Ao chegar ao local, Michelle informou que fora ameaçada com a arma pelo então marido, que exigiu que ela deixasse o imóvel e fugiu, mas acabou localizado por agentes.


Na residência do casal, a polícia encontrou mais de 250 unidades de munição de calibres .40 e 9 milímetros, bem como duas pistolas escondidas dentro do lustre da cozinha. Na ocasião, Ezequiel alegou ser CAC, mas nunca apresentou seu Certificado de Registro. Por isso, foi preso em flagrante por ameaça e posse irregular de arma de fogo de uso permitido.

Do extra 

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Luzimar Rodrigues