Blog do Alex Ramos
![]() |
IMAGEM ILUSTRATIVA |
As candidaturas
femininas nas eleições de outubro chegam a 30,7%, o equivalente a
8.435, do total de 27.485 pedidos de registros encaminhados ao Tribunal
Superior Eleitoral (TSE). O Centro-Oeste é a região com maior percentual
31,14%, depois o Sudeste (31,02%), Sul (30,84%), Nordeste (30,30%) e Norte
(29,75%).
Pela legislação, 30% é o percentual mínimo de candidaturas do
sexo feminino por partido. Em 2014, as mulheres representavam 8,1 mil, ou 31,1%
das candidaturas. Apesar da baixa evolução, analistas políticos consideram
positivo o percentual registrado e observam mudanças na forma como as eleitoras
devem escolher seus candidatos.
De acordo com os dados da Justiça Eleitoral, a maioria das
candidatas se declara branca (51,7%) e parda (33,4%). A maior parte tem entre
45 e 49 anos e nível superior completo. A quantidade de casadas e solteiras é
praticamente igual: 40%.
Pelos dados, 61,7% das candidaturas são para vagas de deputadas
estaduais, enquanto 30% para federais. Há apenas duas candidatas à Presidência
da República – Marina Silva (Rede) e Vera Lúcia (PSTU) - e 29 para governos dos
estados.
Pouca mudança
O cientista
político Valdir Pucci disse à Agência Brasil que não houve
mudança significativa no número de candidaturas em comparação com as últimas
eleições gerais de 2014.
Porém, Pucci acredita que desta vez a aposta dos partidos
políticos é que o eleitorado feminino vai preferir votar em mulheres. Nas
disputas a vagas para deputados federais, estaduais e distritais, houve a
preocupação do cumprimento da cota mínima dos 30% de candidaturas femininas
exigidas por lei.
“Já na eleição majoritária [de governadores, senadores e
presidente da República] em que cada voto é importante e maioria do eleitorado
é feminino, os partidos já perceberam que o eleitorado feminino tem uma força
muito grande e que a mulher começa a se identificar com o seu gênero na hora de
votar, por isso no caso dos presidenciáveis, grandes partidos têm mulheres na
vaga de vice na chapa”, ressaltou.
Para o cientista político, as mulheres também podem simbolizar o
sentimento de renovação na política. “A mulher não é identificada pelo eleitor
como política tradicional, corrupta, ela é muito mais vista como sinal de
renovação”, avaliou.
Causas
Para o cientista político da Universidade de Brasília Lúcio
Rennó, as mulheres conquistam mais visibilidade pois estão organizadas e
atuantes na defesa de várias causas, como o combate a relacionamentos
abusivos e o feminicídio.
Rennó elogiou a obrigatoriedade do respeito à cota dos 30% do
Fundo Eleitoral às campanhas de mulheres. Segundo ele, é um diferencial e uma
conquista, pois mostra como a Justiça Eleitoral está atenta às mudanças nos
anseios da sociedade.
Uma das maiores críticas à resolução que
beneficia as mulheres, no entanto, é que a norma não
definiu regras para a distribuição desta cota entre as candidatas. Este
ano, o fundo distribuirá às siglas R$ 1,7 bilhão, permitindo que
o partido concentre recursos em poucas candidaturas, deixando a maioria sem
financiamento.
Pela resolução, caberá aos partidos estabelecer os
critérios de distribuição do montante entre seus candidatos, levando em
consideração a cota reservada às mulheres. O partido que não destinar
o percentual definido para a campanha de uma mulher pode não ter as
contas anuais aprovadas. A rejeição implica ainda na devolução do dinheiro
declarado irregularmente, acrescido de multa de até 20%.
Sobre uma possível percepção de maior protagonismo das mulheres
nessas eleições Pucci acredita que os candidatos entenderam que além de serem
maioria entre os eleitores brasileiros, as mulheres reforçam o movimento
por renovação na forma de fazer política. “A mulher não
é identificada pelo eleitor como política tradicional,
corrupta, ela é muito mais vista como sinal de
renovação”, avaliou o especialista.
Para o cientista político da Universidade de Brasília, Lúcio
Rennó, as mulheres estão tendo mais visibilidade por estarem cada vez
mais organizadas e atuantes na defesa de várias causas como, por exemplo, nas
que combatem relacionamentos abusivos e o feminicídio. Embora
reconheça que a medida não deva ter uma influência grande nos
resultados das urnas, o professor avalia que a resolução do TSE, de maio
deste ano, que obrigou os partidos a repassar, pelo menos, 30%
do Fundo Eleitoral às campanhas de mulheres é um grande diferencial
e a uma grande conquista. Segundo ele, a regra mostra como a Justiça
Eleitoral está atenta às mudanças nos anseios da sociedade.
Uma das maiores críticas à resolução que
beneficia as mulheres no entanto, é que a norma não
definiu regras para a distribuição desta cota entre as candidatas. Este
ano, o fundo distribuirá às siglas R$ 1,7 bilhão. Dessa
forma, um partido pode concentrar os recursos em poucas candidaturas,
deixando a maioria sem financiamento.Pela resolução , caberá aos partidos
estabelecer os critérios de distribuição do montante entre seus candidatos,
levando em consideração a cota reservada às mulheres. O partido
que não destinar o percentual definido para a campanha
de uma mulher pode nçao ter as contas
anuais aprovadas. A rejeição implica ainda nadevolução do
dinheiro declarado irregularmente, acrescido de multa de até 20%.
Fonte:Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário