A Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou nesta quarta-feira (6) a campanha
da fraternidade de 2019, com o tema "Fraternidade e Políticas
Públicas".
O objetivo é estimular a população a se envolver na formulação
de políticas públicas. O texto-base da campanha descreve, por exemplo, as
etapas da elaboração de uma nova lei e cita os canais de participação social
garantidos na Constituição, como o projeto de lei de iniciativa popular.
Criada em 1962, a
campanha é apresentada todo ano na quarta-feira de cinzas, quando tem início a
Quaresma, período de 40 dias que antecede a Páscoa.
A procuradora-geral
da República, Raquel Dodge, participou da cerimônia de lançamento da campanha.
Ela disse que o Ministério Público Federal está em sintonia com o tema. Para
Dodge, políticas públicas devem garantir os direitos da população e reduzir as
desigualdades.
“As políticas
públicas devem resultar na inclusão de todos, com qualidade e contato
humanitário. De modo a que ninguém esteja fora de seu alcance de proteção”,
disse a procuradora-geral.
De acordo com Dodge,
a boa execução de políticas públicas passa diretamente pelo combate à
corrupção. Segundo ela, o dinheiro público desviado pela corrupção deixa de ser
usado em sua função original, que é atender a população.
“Então zelar para
que não haja corrupção é uma forma de zelar para que a arrecadação de impostos
não seja tão elevada, mas, sobretudo, é uma forma de zelar para que o dinheiro
dos impostos, que deve financiar políticas públicas, seja gasto apenas com elas
[políticas públicas], e não para enriquecer ilicitamente os corruptos, os que
desviam recursos públicos”, completou Dodge.
Para os mais pobres
Ao final do evento, o cardeal Sérgio da Rocha, presidente da
CNBB, afirmou que a Igreja seguirá estimulando a elaboração de políticas
públicas que assegurem os direitos dos mais pobres.
“Nesse momento, nós
continuamos também a alertar para que, ao pensar a vida política do país,
sobretudo políticas públicas, se assegure os direitos fundamentais da
população, especificamente dos mais pobres", disse Rocha.
O secretário-geral
da CNBB, Dom Leonardo Steiner, disse que a Igreja pode contribuir não só
acompanhando a execução de políticas públicas, mas também apresentando
propostas.
“Nós, como Igreja,
queremos dar a nossa colaboração, refletindo as políticas públicas, propondo
políticas públicas, e por que não dizer, acompanhar as políticas públicas”,
afirmou Dom Steiner.
Nenhum comentário:
Postar um comentário