Lula: Ex-presidente pediu liberação para ir a enterro de neto que morreu com meningite (/Rodolfo Buhrer/Reuters) |
Advogados
do PT disseram ter recebido a informação da Polícia Federal de
que a juíza Carolina Lebbos, responsável pela execução da pena do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vai liberar o petista para ir
ao velório de seu neto Artur, de 7 anos, morto nesta sexta-feira, 1º, em
decorrência de uma meningite meningogócica.
Ex-presidente Lula com o neto Artur |
Segundo
esses advogados, a defesa de Lula cogitava fazer o pedido diretamente ao
Supremo Tribunal Federal, mas desistiu depois de ser informado de que a juíza
já havia feito uma comunicação informal à PF sobre a liberação do
ex-presidente. PF e Justiça Federal não se pronunciaram sobre o assunto.
Ex-presidente Lula, segura o neto Artur, enquanto dona Marisa (falecida) observa |
De acordo
com os advogados petistas, a juíza está conversando com integrantes da PF e do
Ministério Público Federal sobre a forma como será feita a liberação. Eles
lembram que o STF já havia liberado Lula para ir ao enterro do irmão Vavá, em
janeiro mas com uma série de imposições. Na época, o ex-presidente recusou a
proposta do ministro Dias Toffoli, presidente do STF, que anunciou a decisão
quando o sepultamento de Vavá já estava em andamento.
Artur vai ser cremado neste sábado, 2, ao meio dia no
Cemitério da Colina, em São Bernardo do Campo. Segundo o presidente do
Instituto Lula, Paulo Okamotto, a prioridade neste momento é a família de
Artur. “Se o pessoal tiver o mínimo de bom senso Lula vai poder se despedir do
neto e depois volta para a cadeia”, disse Okamotto.
Setores da polícia esperam que, caso a
Justiça autorize a saída do ex-presidente da superintendência de Curitiba, onde
está preso desde abril, a decisão leve em conta o modelo estabelecido pelo
ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, no caso da morte de Genival
Inácio da Silva, irmão do ex-presidente, em janeiro. Pela decisão de Toffoli,
Lula só poderia se encontrar com familiares numa unidade militar.
Na avaliação de
agentes federais, a segurança de Lula só será garantida, agora, se a homenagem
ao neto por parte do ex-presidente ocorrer em um lugar fechado. Eles consideram
um risco o ex-presidente ir ao cemitério ou outro local de acesso ao público –
especialmente de militantes do PT e partidos adversários.
Lula foi informado
da morte do neto por Sandro Luis, que teve autorização da Polícia Federal para
conversar por telefone com o pai.
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