O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel está no comando de uma organização que fraudou o orçamento até das caixa-d'água dos hospitais de campanha, segundo provas reunidas pela Operação Placebo.
O Ministério Público Federal enviou provas para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) que mostram que Witzel "tinha o comando" das ações que visavam fraudar a gestão dos hospitais de campanha.
O governador contou com a ajuda da primeira-dama, Helena Witzel e do ex-secretário de Estado da Saúde Edmar Santos, que delegava atribuições a subordinados sob investigação.
Ainda de acordo com o inquérito, que está sob sigilo, ocorreram fraudes na contratação da organização social labas, responsável por administrar os hospitais de campanha. Com isso, houve irregularidades nos valores de diversos itens do atendimento a vítimas do novo coronavírus.
“Afirmam [os investigadores] a existência de prova robusta de fraude nos processos que levaram à contratação da Iabas para gerir os hospitais de campanha no Rio de Janeiro, tudo com a anuência e comando da cúpula do Executivo", afirma o ministro do STJ, Benedito Gonçalves, que autorizou a investigação, segundo a Folha de São Paulo.
"Para tanto, informam que foram apresentados orçamentos fraudados para montagem e desmontagem de tendas, instalação de caixas d’água, geradores de energia e pisos para a formação da estrutura dos hospitais de campanha, tudo com o conhecimento do [então] secretário de Saúde. Provas policiais dão conta que os demais orçamentos foram apresentados ao estado para escamotear a fraude na contratação, aparentando uma legalidade inexistente”, conclui o ministro.
Do MBL
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